Programação da Semana

21/05/2022 - Rio de Violas – 4º Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro

 





14h – Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira

Local - Jardim

A Folia Sagrada Família da Mangueira nasceu no morro da Mangueira e é uma das últimas remanescentes dos tradicionais reisados nas favelas. Todos os anos, a Folia percorre com cantorias e rezas as ruas e casas de várias comunidades do Rio. Hoje possui entre 15 e 25 integrantes, paramentados de uniformes e de instrumentos na mão, e é liderada pelo Mestre Hevalcy há 17 anos, que integra a folia desde a formação, data qual não se tem registro.

A folia se destaca por trajes coloridos e chapéus com coroa de flores. Entre o foliões, destacam-se os mestres e contramestres que vão à frente, logo depois da bandeireira, tocando violas caipiras, demonstrando a influência mineira, já que o fundador, Mestre Geraldo do Amaral, trouxe a tradição da sua cidade natal Muriaé/MG.

Na linha de frente, há ainda violões, sanfona e triângulo. No fundo, caixa, tarol e bumbo acompanham a dança dos palhaços Ciganinho e Trinca Ferro, fantasiados com máscaras de cachorro, que fazem malabarismos e recitam versos, as "chulas". O mestre entoa toadas em que sua voz, chama a resposta de outras vozes.


15h – Almir Côrtes e André Grabois – Beira Mar

Local – Casarão

As cordas dedilhadas de Almir Côrtes e o canto de André Grabois se encontram à beira-mar. É a partir desse ambiente simbólico que o duo apresenta composições autorais e revisita autores como Roberto Mendes, Elomar, Violeta Parra, Milton Nascimento, Cláudio Nucci e Chico Buarque. O espetáculo passeia pelo Recôncavo Baiano, visita a cidade e o sertão, contemplando ainda músicas de autores da cena contemporânea tais como Marcela Velon e Vicente Nucci. Almir Côrtes vem do Recôncavo Baiano, da cidade de Santo Antônio de Jesus. É músico de cordas dedilhadas (violas/bandolim/violão), graduado em violão pela UFBA, Mestre e Doutor pela UNICAMP na área de Performance. Possui seis CDs lançados e tem realizado concertos e oficinas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Já dividiu o palco com artistas como Nailor Proveta, Armandinho Macedo, Mike Marshall e Howard Alden. Atualmente é Professor da UNIRIO, onde coordena a Orquestra de Cordas Dedilhadas.

André Grabois nasceu no Rio de Janeiro e canta música popular brasileira. Lançou em 2016, com Lucas Fixel e Leandro Cunha, o álbum Rebentação, de canções de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro. Em duo com o violonista João Brasileiro, vem apresentando desde 2014 o concerto Das Terras Sertanezas, sobre o cancioneiro de Elomar, com quem dividiu o palco em 2016 na Casa dos Carneiros, em Vitória da Conquista, Bahia. É mestrando e licenciado em música pela UNIRIO, formado em dança contemporânea pela Escola Angel Vianna e em teatro pela CAL.


16h - Ednaldo Santos e Miguel Bezerra

Local – Jardim

A dupla traz ao 4o Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro o tradicional repente nordestino, com versos improvisados que envolvem o público numa interação criativa e muito bem humorada.

Miguel Bezerra nasceu em 1951, em Paraibano (CE), pertinho de Fortaleza. Aprendeu com o pai a diferença entre o repente e o cordel e, desde os dez anos de idade, não gagueja e não esquece uma rima. Se não ganha um desafio, empata. Há 57 anos trabalha pela cultura do repente ao som da viola típica nordestina.

"Cantador do dia a dia", como ele classifica a profissão, lê revistas, livros didáticos, restos de jornais. Histórias, ciências, tecnologia, todos os assuntos cabem no repente.

Ednaldo Santos, poeta repentista, natural de Alagoas, começou a cantar aos 15 anos de idade na cidade de Santana do Ipanema-AL, participando de programas de rádio no sertão alagoano, com destaque para o programa Violas do Ipanema na Rádio Correio do Sertão.

Há 33 anos vive no Rio de Janeiro, já participou de vários programas de televisão na rede Globo e outras emissoras. Participou do show Rio de violas e atualmente se apresenta na feira de São Cristóvão, Centro de tradições nordestinas.


17h – Laís de Assis

Local - Teatro

A pernambucana Laís de Assis vem desenvolvendo uma linguagem singular em relação a viola de dez cordas brasileira contemporânea. A violeira instrumentista tem como maior fonte de inspiração o universo da música popular nordestina e suas ancestralidades, a partir disso, busca construir diferentes imagens sonoras que exploram as texturas tímbrísticas e a abordagem improvisativa traduzidas para o instrumento.

Neste concerto solo, Laís de Assis propõe um passeio sonoro pelo seu repertório autoral, com algumas peças que estão presentes no seu primeiro álbum intitulado Ressemântica, lançado no final de 2021, além de trazer releituras de obras de grandes compositores nordestinos, arranjadas para a viola de dez cordas, como Moacir Santos, Lia de Itamaracá e Jackson do Pandeiro. Repentes, forrós, toadas, maracatus e o jazz se movimentam no ponteio da viola de Laís de Assis.


18h30 – Os Caiçaras

Local – Jardim

O grupo “Os Caiçaras” há 27 anos preserva e apresenta a tradicional Ciranda de Paraty, uma manifestação de música e dança de origem cultural caiçara, que carrega traços expressivos da colonização brasileira. O grupo é composto por sete músicos que cantam e tocam suas violas, violões, cavaquinhos, tambores e pandeiros.

Para o Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro, o grupo traz também, dançarinos, e promete botar o público pra se mexer, apresentando, além da ciranda, outras modalidades de danças populares presentes na região, como caranguejo, arara, cana verde de mão e canoas.


20h – Pereira da Viola apresenta Prosa Mineira

Local - Teatro

Uma viola Rio Abaixo, outra viola em cebolão, um violão tradicional, duas vozes e um sertão inteiro pela frente a ser desvendado entre profundas melodias com a força da palavra poetizando um cotidiano da vida simples herdada no campo, real e imaginário.

Este é o cenário da cantoria Prosa Mineira com Pereira da Viola acompanhado pelo seu irmão, o violonista Dito Rodrigues.

Os autênticos violeiros desafiam o tempo e os modismos musicais. Fieis ao instrumento que lhes da autenticidade e garantia de sobrevivência espiritual e material, seguem seu caminho sem esquecer o ponto de partida, isto é, suas raízes culturais: berço de inspiração e motivo para ir em frente, reunindo todos que apreciam e acreditam nessa forma de cantar e ver o mundo.

Pereira da Viola é um desses artistas que ainda povoam de sonhos as infinitas estradas do mundo. Artista consciente de seus cantares e encantamentos sonoros, ele surge como um ícone de uma cantoria interminável, que vai passando de geração a geração pelos traços bem definidos da viola.






Dia 2105

Sábado  -  das 14h as 20h 
(os shows acontecerão ao longo do dia nas áreas do Centro da Música Carioca Artur da Távola)

Ingresso: gratuito



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