Programação da Semana

Rio de Violas - 4º Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro

 





20.05 – Sexta-feira – 19h – Show Rio de Violas

Ingresso – Gratuito

O show aborda o universo da viola, das violas brasileiras, chamando a atenção para a sua versatilidade como instrumento musical e mostrando o trabalho de 10 artistas residentes no Rio que desenvolvem trabalhos consistentes onde a viola é protagonista, seja no contexto da música instrumental ou cantada. São eles: Abel Luiz, Andréa Carneiro, Bethi Albano, Daniel Fernandes, Daniel Ganc, Du Machado, Erico Lisboa, Josefa Bonna, Olívio Bonna e Marcus Ferrer. Esses violeiros convidarão o público a embarcar numa viagem musical por um Brasil diverso, onde coexistem a música caipira, a música de concerto, o samba, o choro.


21.05 – Sábado – 14h as 20h – Rio de Violas – 4º Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro

Ingresso – Gratuito

14h – Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira

Local - Jardim

A Folia Sagrada Família da Mangueira nasceu no morro da Mangueira e é uma das últimas remanescentes dos tradicionais reisados nas favelas. Todos os anos, a Folia percorre com cantorias e rezas as ruas e casas de várias comunidades do Rio. Hoje possui entre 15 e 25 integrantes, paramentados de uniformes e de instrumentos na mão, e é liderada pelo Mestre Hevalcy há 17 anos, que integra a folia desde a formação, data qual não se tem registro.

A folia se destaca por trajes coloridos e chapéus com coroa de flores. Entre o foliões, destacam-se os mestres e contramestres que vão à frente, logo depois da bandeireira, tocando violas caipiras, demonstrando a influência mineira, já que o fundador, Mestre Geraldo do Amaral, trouxe a tradição da sua cidade natal Muriaé/MG.

Na linha de frente, há ainda violões, sanfona e triângulo. No fundo, caixa, tarol e bumbo acompanham a dança dos palhaços Ciganinho e Trinca Ferro, fantasiados com máscaras de cachorro, que fazem malabarismos e recitam versos, as "chulas". O mestre entoa toadas em que sua voz, chama a resposta de outras vozes.


15h – Almir Côrtes e André Grabois – Beira Mar


Local – Casarão


As cordas dedilhadas de Almir Côrtes e o canto de André Grabois se encontram à beira-mar. É a partir desse ambiente simbólico que o duo apresenta composições autorais e revisita autores como Roberto Mendes, Elomar, Violeta Parra, Milton Nascimento, Cláudio Nucci e Chico Buarque. O espetáculo passeia pelo Recôncavo Baiano, visita a cidade e o sertão, contemplando ainda músicas de autores da cena contemporânea tais como Marcela Velon e Vicente Nucci. Almir Côrtes vem do Recôncavo Baiano, da cidade de Santo Antônio de Jesus. É músico de cordas dedilhadas (violas/bandolim/violão), graduado em violão pela UFBA, Mestre e Doutor pela UNICAMP na área de Performance. Possui seis CDs lançados e tem realizado concertos e oficinas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Já dividiu o palco com artistas como Nailor Proveta, Armandinho Macedo, Mike Marshall e Howard Alden. Atualmente é Professor da UNIRIO, onde coordena a Orquestra de Cordas Dedilhadas.

André Grabois nasceu no Rio de Janeiro e canta música popular brasileira. Lançou em 2016, com Lucas Fixel e Leandro Cunha, o álbum Rebentação, de canções de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro. Em duo com o violonista João Brasileiro, vem apresentando desde 2014 o concerto Das Terras Sertanezas, sobre o cancioneiro de Elomar, com quem dividiu o palco em 2016 na Casa dos Carneiros, em Vitória da Conquista, Bahia. É mestrando e licenciado em música pela UNIRIO, formado em dança contemporânea pela Escola Angel Vianna e em teatro pela CAL.


16h - Ednaldo Santos e Miguel Bezerra


Local – Jardim

A dupla traz ao 4o Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro o tradicional repente nordestino, com versos improvisados que envolvem o público numa interação criativa e muito bem humorada.

Miguel Bezerra nasceu em 1951, em Paraibano (CE), pertinho de Fortaleza. Aprendeu com o pai a diferença entre o repente e o cordel e, desde os dez anos de idade, não gagueja e não esquece uma rima. Se não ganha um desafio, empata. Há 57 anos trabalha pela cultura do repente ao som da viola típica nordestina.

"Cantador do dia a dia", como ele classifica a profissão, lê revistas, livros didáticos, restos de jornais. Histórias, ciências, tecnologia, todos os assuntos cabem no repente.

Ednaldo Santos, poeta repentista, natural de Alagoas, começou a cantar aos 15 anos de idade na cidade de Santana do Ipanema-AL, participando de programas de rádio no sertão alagoano, com destaque para o programa Violas do Ipanema na Rádio Correio do Sertão.

Há 33 anos vive no Rio de Janeiro, já participou de vários programas de televisão na rede Globo e outras emissoras. Participou do show Rio de violas e atualmente se apresenta na feira de São Cristóvão, Centro de tradições nordestinas.


17h – Laís de Assis

Local - Teatro

A pernambucana Laís de Assis vem desenvolvendo uma linguagem singular em relação a viola de dez cordas brasileira contemporânea. A violeira instrumentista tem como maior fonte de inspiração o universo da música popular nordestina e suas ancestralidades, a partir disso, busca construir diferentes imagens sonoras que exploram as texturas tímbrísticas e a abordagem improvisativa traduzidas para o instrumento.

Neste concerto solo, Laís de Assis propõe um passeio sonoro pelo seu repertório autoral, com algumas peças que estam presentes no seu primeiro álbum intitulado Ressemântica, lançado no final de 2021, além de trazer releituras de obras de grandes compositores nordestinos arranjadas para a viola de dez cordas, como Moacir Santos, Lia de Itamaracá e Jackson do Pandeiro. Repentes, forrós, toadas, maracatus e o jazz se movimentam no ponteio da viola de Laís de Assis.


18h30 – Os Caiçaras

Local – Jardim

O grupo “Os Caiçaras” há 27 anos preserva e apresenta a tradicional Ciranda de Paraty, uma manifestação de música e dança de origem cultural caiçara, que carrega traços expressivos da colonização brasileira. O grupo é composto por sete músicos que cantam e tocam suas violas, violões, cavaquinhos, tambores e pandeiros.

Para o Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro, o grupo traz também dançarinos, e promete botar o público pra se mexer, apresentando, além da ciranda, outras modalidades de danças populares presentes na região, como caranguejo, arara, cana verde de mão e canoas.


20h – Pereira da Viola apresenta Prosa Mineira

Local - Teatro

Uma viola Rio Abaixo, outra viola em cebolão, um violão tradicional, duas vozes e um sertão inteiro pela frente a ser desvendado entre profundas melodias com a força da palavra poetizando um cotidiano da vida simples herdada no campo, real e imaginário.

Este é o cenário da cantoria Prosa Mineira com Pereira da Viola acompanhado pelo seu irmão, o violonista Dito Rodrigues.

Os autênticos violeiros desafiam o tempo e os modismos musicais. Fieis ao instrumento que lhes da autenticidade e garantia de sobrevivência espiritual e material, seguem seu caminho sem esquecer o ponto de partida, isto é, suas raízes culturais: berço de inspiração e motivo para ir em frente, reunindo todos que apreciam e acreditam nessa forma de cantar e ver o mundo.

Pereira da Viola é um desses artistas que ainda povoam de sonhos as infinitas estradas do mundo. Artista consciente de seus cantares e encantamentos sonoros, ele surge como um ícone de uma cantoria interminável, que vai passando de geração a geração pelos traços bem definidos da viola.


22.05 – Domingo das 11h as 18h – Rio de Violas – 4º Encontro de Violeiros do Rio de Janeiro

Ingresso – Gratuito

11h - Bruno Reis e Ivana Reis no show Tom da Viola

Local - Teatro

Espetáculo musical intimista apresentado pela dupla Ivana Reis (voz) e Bruno Reis (viola brasileira), TOM DA VIOLA revela ao público o lado regional e brejeiro de Tom Jobim ao percorrer todas as todas as fases musicais do maestro. O repertório é uma declaração de amor de Jobim à natureza: traz muitas de suas chamadas “canções ecológicas”. TOM DA VIOLA mergulha em uma obra que absorve de maneira natural o erudito, o jazz e o samba, mas destaca a forte presença do cancioneiro folclórico, rural e sertanejo na obra jobiniana, cuja viola é a expressão máxima.

No repertório, A violeira (Tom Jobim/Chico Buarque), Maria é dia (Tom Jobim/Paulo Jobim/Ronaldo Bastos), Correnteza (Tom Jobim/Luis Bonfá), Sabiá (Tom Jobim/Chico Buarque), Chovendo na roseira (Tom Jobim) e Estradda do sol (Tom Jobim/ Dolores Duran), entre outras.


13h30 – Roda de Viola

Local – Jardim



15h – Quintal Mágico

Local – Casarão

A diversidade e riqueza da música de raiz brasileira, soando através da viola caipira, sanfona e zabumba, é a nossa proposta para essa deliciosa brincadeira musical. Convidamos as famílias para dançar e cantar em nosso quintal, inspiradas pelos ritmos vibrantes e cheios de suingue como baião, coco, cacuriá, carimbó, boi e cantigas infantis. Bonecos e adereços criam um ambiente encantado junto com as canções escolhidas e músicos que se propõe a integrar crianças de todas as idades, trazendo a consciência de unicidade, tão preciosa nesse momento!

Músicos: Bethi Albano - voz, viola caipira e percussão.

Dudu Godói - voz, flauta e percussão.

Lars - voz e sanfona


16h– Palco Aberto

Local – Teatro


18h30 – Orquestra de Violas Caipirando

Local – Jardim

Em 2010 surgia no Rio de Janeiro a orquestra de viola Caipirando. No início, sua formação contava com um pequeno grupo de componentes, cujo objetivo era o aprendizado e o conhecimento da viola caipira de 10 cordas, celebrando e divulgando a cultura caipira através de músicas do cancioneiro nacional, MPB com adaptação para viola e composições próprias, em arranjos criados pelo professor e maestro Henrique Bonna. Atualmente, o grupo dispõe de cerca de 30 músicos, podendo, portanto, ser considerada uma grande orquestra, com a inclusão de outros instrumentos, como violão, cavaquinho, rabeca, violino, flauta e percussão. Em sua trajetória, o grupo Caipirando já se apresentou em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro (Mendes; Três Rios; Tanguá; Bom Jardim; Vassouras; Guapimirim; e Grande Rio) e de São Paulo (Bananal e São José do Barreiro). Participou, inclusive, de projetos e festivais em locais renomados, como o Centro de Referência da Música Carioca Arthur da Távola, Lona Cultural Jacob do Bandolim, Teatro Armando Gonzaga, Espaço Néctar, PUC-Rio, Sítio Burle Marx, Teatro Baden Powell, SESC, Festival do Vale do Café, Escola de música Elam, projeto Rio de Violas e a Mostra Nacional de Música do SESC. Podemos elencar também o Iate Club do Rio de Janeiro, o Crab Sebrae e o Consulado de Portugal dentro do projeto Música no Museu. Marcou presença na Flip 2019. Vem participando com apresentações anuais em obras sociais como o Instituto Dona Meca, que atende 250 crianças com deficiência, e o lar Sodalício Sacra Família, que cuida de idosas com deficiência visual. Além dos espetáculos, o Caipirando apresenta um programa semanal de rádio, o “Caipirando, Alma Carioca de Viola”, na Rádio RJ FM (107,50 MHz), todos os domingos e quartas-feiras de 8 as 10 horas; na rádio Estância de Bananal (www.estancia879.com) de segunda-feira a sábado, das 4 as 6 horas. Há alguns anos, a Orquestra Caipirando realiza a “Folia de reis do sertão carioca”, como era conhecida a zona oeste do Rio de Janeiro na década de 1950, resgatando a tradição e a cultura popular da região. A cidade maravilhosa agora é palco para a verdadeira música caipira de raiz, proporcionada pela sonoridade única das violas e dos violeiros da Orquestra Caipirando.